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Alterações posturais da coluna cervical: Cervicalgia

Cervicalgia

 

A cervicalgia acomete entre 30 e 50% da população geral e 15% poderão apresentar dor cervical crônica (>3 meses) em algum momento da vida. Em torno de 10 a 14% da população adulta e economicamente ativa apresentarão limitação funcional devido à cervicalgia, sendo que, o gênero feminino possui maior probabilidade, quando comparado ao masculino, de desenvolver dores na cervical, tanto na forma aguda quanto crônica. Pacientes  portadores  de  doenças  inflamatórias  como  artrite  reumatoide  ou espondilite anquilosante também podem apresentar cervicalgias.

 

Os fatores de risco incluem o trabalho repetitivo, longos períodos de flexão cervical, estresse aumentado no trabalho, atividades acadêmicas, estudo, tabagismo e traumatismos prévios no pescoço e ombros. Essa disfunção clínica pode proporcionar impacto negativo na qualidade de vida, causando dependência de medicamentos, depressão, isolamento social e também dificuldades no trabalho e atividades acadêmicas. 

 

Nos dias atuais, a longa permanência sentado em atividades laborais, posturas inadequadas por longos períodos, utilização de tablets, notebooks, celulares e sedentarismo, atualmente vem colaborando com as alterações osteomusculares da coluna cervical, que acometem cada vez mais pacientes jovens, aumentando nessa faixa-etária os casos de alterações posturais da região cervical e cervicalgias.

As principais causas de lesões mecânicas na coluna cervical são movimentos bruscos, longa permanência em uma mesma posição mantida por longo período, esforço ou trauma. 

 

As cervicalgias podem ser divididas de acordo com a sua etiologia em: mecânicas, miofasciais, degenerativas, traumáticas, inflamatórias, infecciosas ou tumorais.

Mecânicas: As  causas  mecânicas  são  as  mais  prevalentes,  oriundas  de  contraturas  ou estiramentos musculares, e da sobrecarga de estruturas musculares, ósseas e ligamentares. Normalmente estão relacionadas a más condições ergonômicas (postura incorreta, movimentos repetitivos, levantamento de peso), estresse e baixa temperatura. 

Na maioria dos casos, essas dores são de início agudo e tendem a melhorar após aproximadamente uma a duas semanas com repouso, retirada dos fatores agravantes e medicações sintomáticas.

Miofasciais: Já as dores miofasciais são crônicas, e podem ser generalizadas. No caso das fibromialgias, cuja etiologia ainda é desconhecida, não há fatores mecânicos desencadeantes ou  mantenedores  diretamente  relacionados  com  o  quadro doloroso. Estão relacionadas diretamente com a presença dos pontos-gatilho miofasciais. Esses são definidos como locais hiperirritáveis situados nos músculos, fáscias e tendões. Quando estimulados, desencadeiam dor local e dor remota.

Degenerativa: As dores de origem degenerativa são mais comuns em pacientes acima dos 40 anos de idade, e estão relacionadas a artrose, formação de osteófitos, ossificação ligamentar e hérnias discais. Dessa forma, podem causar cervicalgias associadas a radiculopatia ou mielopatia.

Traumáticas: Quando associadas a um trauma, esse pode ser direto, por colisões laterais, mergulhos ou outros acidentes. O impacto pode resultar em lesões ósseas ou de partes moles que, por sua vez, podem levar a uma variedade de manifestações clínicas,  desde  contusões,  normalmente  resolvidas  num  curto  período  de tratamento medicamentoso, até lesões mais graves como fraturas ou luxações com necessidade de tratamento cirúrgico de urgência.

Infecciosas: No caso das infecções, sejam elas por tuberculose, as de origem micótica, pode haver formação de abscesso, com compressão de estruturas anatômicas  adjacentes,  resultando  em  outros diversos  sintomas.

Tumorais: Lesões neoplásicas (um tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células)  podem  provocar  destruição  dos  corpos  vertebrais  ou  massas tumorais  que  também  podem  comprimir  estruturas  nervosas,  causando  uma variedade de sintomas neurológicos.

 

Sintomas

O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos, ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e dor durante a palpação da musculatura, podendo também ser abrangida a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados haver irradiação para todo o membro superior.

Em relação à dor, o paciente pode queixar-se de uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, caracterizando as chamadas alterações neurológicas.

O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínuo ou desencadeado por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.

Outras causas de dor referida na coluna cervical são disfunção da articulação temporomandibular, tireoidite, faringite, carcinoma de laringe, traqueíte, aneurisma dissecante da aorta, infarto do miocárdio, angina pectoris e a pericardite.

 

Diagnóstico e Tratamentos

O  diagnóstico  depende  de  uma  história  detalhada,  antecedentes  pessoais  e  familiares,  exame clínico  geral,  exame  reumatológico,  neurológico  e  podem ser solicitados exames complementares como raio x, tomografia, ressonância magnética, eletroneuromiografia.

O tratamento indicado na grande maioria dos casos é clínico, utilizando-se medicamentos analgésicos e antiinflamatórios. A  aplicação  de  calor  local,  o  repouso  e  o  uso  de  medicações  analgésicas,podem ser considerados fatores de melhora para esse tipo de dor.

Medidas   de  relaxamento  como,  massagens,  exercícios de  alongamento,   banhos   quentes, hidroterapia   e   acupuntura,   podem   ser   utilizados,   porém   sempre   devemos   estimular   o condicionamento físico

O  tratamento  cirúrgico  raramente  é  indicado,  estando  reservado  quando  ocorrer  falha  do tratamento clínico bem conduzido por um mínimo de 2 meses e quando houver persistência e repetitivos quadros.

O tratamento ideal deve ser individualizado e definido após uma avaliação médica criteriosa. Consulte nossas especialidades.

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Nota ao leitor: As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

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