A hérnia de disco é o diagnóstico mais comum dentre as alterações degenerativas da coluna. Por ser tão comum, chega a ser considerada um problema de saúde mundial, em decorrência da incapacidade que gera nos pacientes.
Esta condição frequente acomete entre 13 e 40% das pessoas ao longo da vida, com pico de incidência entre 50-60 anos de idade e configura importante causa de dor nas costas, cuja queixa é de 13,5% dos brasileiros. Caracteristicamente, este processo ocorre no homem ou na mulher, sem diferenças entre sexos.
O quadro clínico típico inclui lombalgia inicial, seguida de lombociatalgia e, finalmente, de dor ciática.
A origem da dor ciática é multifatorial, envolvendo estímulo mecânico das terminações nervosas, compressão direta da raiz nervosa e uma série de fenômenos inflamatórios. O fator que desencadeia a dor ciática é a compressão mecânica da raiz nervosa pela hérnia discal.
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Mas afinal, o que é hérnia de disco?
A hérnia de disco é um processo em que ocorre a ruptura do anel fibroso, com o deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais. A formação da hérnia acomete as raízes nervosas espinhais de diferentes formas e graus. Nesse processo, pode haver desde o abaulamento do disco, até o rompimento da parede discal com extravasamento do conteúdo nuclear para o canal medular.
Sintomas e fatores de risco
Os pacientes com hérnia de disco apresentam sinais e sintomas clínicos característicos, conforme a região de acometimento. Os fatores de risco são inúmeros, abrangendo desde causas ambientais até fatores genéticos, como por exemplo: posturas incorretas; posturas repetitivas; esforços excessivos; má postura ao transportar cargas; prática de movimentos incorretos; obesidade, sedentarismo; história prévia de dores lombares etc.
A localização da dor varia consoante as raízes do nervo afetadas, mas é comum irradiar para uma das nádegas, para a parte posterior e externa da coxa, da perna e do pé ou para o primeiro dedo do pé. Outros sintomas são rigidez de nuca e parestesias em pés e mãos. Na região cervical, a dor inicia no pescoço e geralmente irradia para os membros superiores.
É frequente a dor ciática estar associada à dor lombar. Também costuma haver perda de sensibilidade, diminuição da força muscular, sensação de formigamento, aumento das dores nos períodos de pé ou sentado e intensificação da dor ao elevar as pernas, nas áreas referidas. A dor pode ser aguda com piora ao esforço físico, geralmente em jovens, ou permanente de fraca intensidade, mais comumente em idosos.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem piorar durante a noite. A dor costuma passar ao fim de alguns dias, mas caso o problema persista é muito importante ter um diagnóstico o mais rápido possível, para não correr o risco de surgir lesões neurológicas irreversíveis e acometimento dos movimentos, o que impacta significativamente na qualidade de vida e movimentos do dia dia.
Diagnóstico
O primeiro passo é procurar ajuda médica. Somente este profissional poderá indicar a melhor forma de tratamento para cada caso.
O médico especialista irá analisar a queixa do paciente em relação a dor, localização, irradiação, fatores de alívio de piora, dentre outras características que serão úteis para um exame físico mais objetivo.
Após a primeira avaliação clínica, o médico irá solicitar exames complementares de diagnóstico, como radiografia e ressonância magnética.
Tratamento
A opção de tratamento varia de acordo com a gravidade da hérnia de disco: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da doença e grau de interferência nas atividades diárias.
Atualmente, a abordagem primária tem sido o tratamento conservador, visando alívio da dor, melhora da capacidade funcional e retardo na progressão da doença. A maioria dos pacientes tem seus sintomas aliviados com o tratamento conservador.
Para aqueles pacientes que não obtêm alívio dos sintomas no período de 3 a 6 semanas, e em vigência de falha terapêutica ou sinais de gravidade, recomenda-se o tratamento cirúrgico no manejo da hérnia de disco e a melhora dos sintomas é mais rápida no tratamento cirúrgico que no convencional.
A acupuntura tem apresentado bons resultados, uma vez que seu efeito parece estar relacionado à liberação de vários neurotransmissores que, por sua vez, inibem ou excitam as sinapses, proporcionando significativa melhora dos sintomas apresentados em curto espaço de tempo.
A crioterapia (uso de gelo) pode ter algum efeito sobre o espasmo muscular, dado que a vasoconstrição provocada pelo gelo reduz o aumento do fluxo sanguíneo. O calor também é uma medida física auxiliar no tratamento da dor e pode ser superficial, efetuado por meio do uso de bolsa térmica, ou profundo com o emprego de ondas curtas e ultrassom.
A dor é um sinal de perturbação e pode ser muito incapacitante e causar muito sofrimento, mas há formas de prevenir e hoje existem muitos tratamentos eficazes.
O corpo clínico da Clínica Corts é formado por profissionais experientes, promovendo sempre segurança e confiança ao paciente para a realização dos tratamentos indicados após análise e diagnóstico.
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