Tudo no nosso corpo está conectado. Mas e se você soubesse que as complicações da tireoide podem fragilizar os ossos?
Essa relação parece estranha, mas tudo tem uma explicação. Veja a seguir os impactos do hipotireoidismo na saúde óssea.
A tireóide é uma glândula, localizada no pescoço (logo abaixo do pomo de Adão), é um dos órgãos mais importantes. Ela produz os hormônios T3 e T4 e está relacionada com todos os órgãos do corpo e regula a função de órgãos como cérebro, coração, rins, fígado e é responsável por regular o metabolismo do corpo inteiro desde o controle do peso corporal até o crescimento de crianças e adolescentes.
A deficiência na produção ou na atuação dos hormônios tireoidianos leva ao quadro de hipotireoidismo.
Mas afinal, o que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é uma condição na qual a glândula tireóide não produz hormônios tireoidianos suficientes, caracterizados por uma redução na taxa metabólica.
A maioria dos sintomas leva anos para se desenvolver, os principais são:
- Fadiga;
- Fraqueza;
- Aumento da sensibilidade ao frio;
- Constipação;
- Ganho de peso inexplicável
- Pele seca;
- Queda de cabelo ou pêlos grossos e secos
- Cãibras musculares;
- Depressão.
Quanto mais lento o metabolismo fica, mais óbvios serão os sinais e sintomas. Mas atenção: se o hipotireoidismo não for tratado, os sinais e sintomas podem se tornar graves, como inchaço da glândula tireóide, processos lentos de pensamento ou demência.
De acordo com as pesquisas, quem sofre com hipertireoidismo têm cerca de 28% a mais de chance de ter um osso fraturado, em comparação com as pessoas que não apresentam o problema.
É por isso que quando a glândula não funciona bem, até mesmo os ossos são prejudicados.
O hipertireoidismo está associado ao aumento do risco de fraturas e uma das consequências é a osteoporose, pois potencializa a diminuição da massa óssea.
Grande atenção é dada à osteoporose da mulher por afetar aproximadamente um terço da população feminina após a menopausa. Embora seja mais frequente em mulheres, a osteoporose vem sendo diagnosticada cada vez mais em homens em todo o mundo.
A explicação para a relação dos impactos do Hipotireoidismo na saúde óssea pode ser explicada da seguinte maneira: Para tentar baixar os altos níveis de T3 e T4 atuantes no hipertireoidismo, o cérebro suspende a produção do hormônio TSH, que é o regulador da glândula tireóide.
A TSH tem participação direta no processo de reabsorção óssea sendo que, diante de baixos níveis da substância, os ossos perdem densidade, tornando-se mais fracos e propensos à fraturas e osteoporose.
Os efeitos hormonais da tireoide podem afetar negativamente a constante renovação óssea que acontece no organismo. As células osteoclastos e osteoblastos são responsáveis pela reabsorção de osso “velho” e formação de osso “novo”, respectivamente. Se há atividade hormonal em excesso no sangue – T3 e T4, a perda óssea é tão acelerada, que os osteoblastos não conseguem repor os ossos a tempo.
Em casos de hipotireoidismo e hipertireoidismo é importante fazer o tratamento para regularizar o nível hormonal.
Para prevenir esse desequilíbrio, é importante adotar uma dieta rica em cálcio e vitamina D, evitar álcool, cigarro e praticar exercícios físicos regularmente.
Ficar atento aos sinais que o corpo dá e consultar um especialista é uma boa medida para proteger a saúde dos ossos.
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