A menopausa é um fenômeno com grande impacto no organismo da mulher. Além do fim da menstruação, o corpo passa por muitas transformações hormonais, que tem impactos na saúde e até mesmo pode aumentar o risco de desenvolvimento de algumas doenças, como a osteoporose, que pode ser precipitada pela redução de estrogênio no corpo.
Mas porque a osteoporose tem ligação com a menopausa? Entenda melhor essa relação.
A osteoporose é definida como uma doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, causando fragilidade óssea e aumento no risco de fraturas.
Afeta indivíduos de maior idade, sobretudo mulheres na pós-menopausa. Uma mulher de 50 anos apresenta um risco de fratura osteoporótica durante a vida de 17,5% para o colo do fêmur, 15,6% para as vértebras, 16% para o rádio distal, e de aproximadamente 40% em qualquer outro local do esqueleto.
Microfraturas ocultas são comuns em mulheres na pós-menopausa e indicam um aumento no risco de três a cinco vezes de fraturas osteoporóticas. A presença de uma fratura vertebral significa um risco de 20% a mais para ocorrência de nova fratura.
Fatores de risco
Existem vários fatores considerados de risco para osteoporose, são eles:
- Etnia branca ou asiática;
- História familiar;
- Menopausa precoce;
- Função ovariana reduzida antes da menopausa (amenorréia da atleta, hiperprolactinemia, anorexia nervosa, etc.);
- Inadequações dietéticas (alto consumo de cafeína, baixa ingestão de cálcio);
- Estilo de vida inadequado (sedentarismo, abuso de álcool, tabagismo);
- Fraturas.
As principais manifestações clínicas da osteoporose são as fraturas, sendo as mais frequentes as de vértebras, fêmur e antebraço. As fraturas de coluna vertebral são as mais prevalentes e ocorrem geralmente entre os 50 e 60 anos de idade. As fraturas de colo femoral aumentam em incidência após os 60 anos, e sua gravidade é muito maior em comparação à fratura de coluna vertebral. Logo após a menopausa a incidência de fraturas de antebraço começam a aumentar e estabiliza após os 65 anos.
Como e porque isso ocorre?
No desenvolvimento da osteoporose ocorre um desequilíbrio no processo, com a reabsorção predominando sobre a formação, resultando em diminuição da massa óssea. As influências mais importantes para a ocorrência deste desequilíbrio em mulheres são a idade e o hipoestrogenismo (uma condição cujos níveis de estrogênio no organismo estão abaixo do normal) que ocorre na pós menopausa.
Diagnóstico e tratamento
Toda mulher necessita de avaliação do risco de osteoporose. Para isso é necessário combinação de dados da história clínica, exame físico e também o uso de métodos diagnósticos complementares.
É importante identificar (se há) os fatores de risco e diagnosticar portadoras de osteopenia ou osteoporose. A densidade mineral óssea também pode ser avaliada em locais periféricos como o rádio, falanges, calcâneo, metatarsos e tíbia. Desta maneira, é indicado a densitometria óssea em mulheres, principalmente, com fatores de risco para fraturas osteoporóticas, além da menopausa.
Alguns tratamentos, podem ser indicados, como por exemplo, a terapia de reposição hormonal, apesar dos benefícios que propicia para a manutenção da saúde e conseqüentemente da qualidade de vida das mulheres, deve ser utilizada com cuidado, pois em algumas pode acarretar riscos e é sempre preciso conhecer o histórico clínico do paciente.
Beneficiar-se de uma dieta rica em cálcio ou da suplementação nos casos de baixa ingestão ou déficit de absorção, uma vez que este é um nutriente essencial para a manutenção da saúde em geral e, em particular, para a manutenção do tecido ósseo.
Prevenção
Evidências demonstraram a efetividade da prática regular de exercícios para prevenção e tratamento da osteoporose na mulher.
Hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios, são de grande importância para a manutenção da densidade mineral óssea e para o tratamento da osteoporose. Especificamente os exercícios aeróbicos demonstram manutenção da massa óssea de mulheres na pós-menopausa tanto em coluna vertebral como no quadril.
Em pacientes com osteoporose estabelecida deve-se evitar exercícios de alto impacto pelos riscos de fraturas que podem acarretar. Além dos efeitos benéficos sobre o tecido ósseo, a prática regular de exercícios melhora o equilíbrio, a elasticidade e força muscular, que em conjunto diminuem os riscos de quedas e consequentemente de fraturas.
Recomenda-se caminhadas de 30 a 45 minutos, três a quatro vezes por semana, preferencialmente à luz do dia.
O tratamento da osteoporose é, em princípio, de longa duração. Mas lembre-se, é sempre preciso investigar, identificar e sempre procurar um profissional para auxiliar no tratamento e tratar qualquer problema que possa ter no futuro.
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