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Pé diabético: causas e tratamentos

Pé diabético causas e tratamentos

O pé diabético pode ter grandes complicações associado a importantes consequências médicas quando não tratado.

Saiba a seguir quais são as complicações que podem ser causadas pelo diabetes e o que fazer quando se tem pé diabético.

A diabetes é uma doença endócrina e metabólica que a médio e longo prazo produz importantes lesões vasculares e neurológicas, complexas e multifocais. Essas lesões tornam-se clinicamente evidentes anos depois do início da doença e também afetam os olhos (retina), os rins, os vasos de grande e médio calibre (doença vascular, com possibilidade de acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e isquemia dos membros inferiores), as pernas e os pés. 

As complicações da diabetes localizadas no pé do diabético podem ter origem em doença vascular, aterosclerótica, afetando a irrigação dos membros inferiores, ou num conjunto de perturbações vasculares, neuropáticas e infecciosas a que se chama “pé diabético”. Ou, ainda, em ambas as situações ao mesmo tempo.

O pé diabético é uma das complicações mais graves da diabetes mellitus, sendo o principal motivo de ocupação das camas hospitalares pelos diabéticos e é responsável por 40 a 60% das amputações efetuadas por causas não traumáticas. 

Quais as causas do pé diabético?

O pé diabético é, como o próprio nome indica, causado pela diabetes. Trata-se de uma complicação que tanto pode surgir na diabetes tipo 1, como na diabetes tipo 2, podendo afetar ambos os sexos.

De um modo geral, esta patologia ocorre em áreas onde existe lesão dos nervos, a chamada neuropatia sensitivo-motora periférica, que reduz a sensibilidade do pé, perda da sensibilidade dolorosa, da percepção da pressão e da temperatura, como consequência, isso  leva à diminuição da percepção de ferimentos ou traumas. 

Na neuropatia, a sensibilidade a pequenos traumas fica muito reduzida, o que permite que a pele fique danificada e possa instalar-se uma infeção. Quatro entre cinco úlceras em pacientes diabéticos são precipitadas por trauma externo banais, leves e repetidos, como erros na acomodação e uso de calçados ou andar com os pés descalços. As alterações da circulação e da forma do pé ou das unhas são outras das causas.

A neuropatia também acarreta atrofia e enfraquecimento dos músculos intrínsecos do pé e gera deformidades, como flexão dos dedos e padrão anormal da marcha, que evoluem para calosidades e úlceras de pressão. 

Nos casos mais severos leva ao pé de Charcot, uma doença progressiva, caracterizada pelo deslocamento articular, por fraturas patológicas e deformidades debilitantes. 

 

Diagnóstico e tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 85% dos problemas decorrentes do pé diabético podem ser prevenidos a partir de cuidados especializados e que até 50% das amputações e úlceras podem ser prevenidas pelo diagnóstico precoce e tratamento adequado

A identificação e a classificação do paciente de risco (como neuropatia diabética, doença arterial periférica e deformidades estruturais, o tratamento precoce, agressivo, e a educação individual, familiar e comunitária compreendem as bases sólidas para a prevenção da amputação de membros.

Uma história clínica detalhada é crucial no adequado manejo das complicações relacionadas aos pés dos pacientes diabéticos. Para avaliar a gravidade da situação, é importante dimensionar a extensão do envolvimento inicial tanto das partes moles quanto dos ossos e articulações. A cintilografia óssea e ressonância magnética podem ser úteis e auxiliar na avaliação do diagnóstico de osteomielite (que é uma infecção óssea geralmente causada por bactérias, micobactérias ou fungos).

Um dos outros componentes importantes no tratamento das úlceras no pé diabético é a retirada da carga através das seguintes alternativas: utilização de sandálias terapêuticas com solado elevado em cunha; botas removíveis; andadores; órteses confeccionadas sob medida; gesso de contato total; e a cirurgia para alongamento percutâneo do tendão de Aquiles pode ser indicada em associação ao tratamento das úlceras plantares do antepé quando existe restrição na flexão do tornozelo.

A prevenção de possíveis complicações é essencial no controle da doença. O doente diabético deve tomar consciência que manter a diabetes controlada é muito importante para evitar complicações nos pés e não só. Para além dos riscos para os pés, a diabetes pode originar diversas outras complicações.

Confira algumas dicas de como prevenir complicações nos pés diabéticos e cuidados diários.

Cuidados diários com os pé diabético

  • Observar os pés, não esquecendo a planta;
    • Utilizar um espelho e recorrer de imediato a um especialista quando identificar qualquer alteração (ferida, corte, unhas encravadas, alteração da cor, etc.);
    • Escolher calçado com uma base larga, sem costuras interiores e bem ajustado ao pé. 
  • O uso de chinelos ou sandálias é desaconselhado já que a exposição do pé é maior e os riscos aumentam;
  • Se os calçados habituais não se adaptam por causa das deformidades ortopédicas ou lesões por áreas de contato exagerado, deve ser indicada a confecção de calçados especiais;
    • Antes de calçar os sapatos, deve passar a mão pelo interior, com o objetivo de detectar eventuais irregularidades;
    • A higiene dos pés (lavagem diária) é fundamental, assim como a secagem suave com uma toalha macia, não esquecendo o cuidado entre os dedos;
  • Os pés não devem ser colocados de molho em água quente porque a pele fica mais frágil e predisposta a feridas;
    • Após a lavagem, deverá aplicar uma loção hidratante indicada para diabéticos, preferencialmente aconselhada pelo seu médico;
    • As unhas não devem ser cortadas com tesoura, nem cortes rentes e devem ser feitos de preferência por podólogos;
    • Se existirem calos, estes devem ser lixados e limpos pelo podólogo , estando totalmente contraindicado o uso de produtos para calosidade.

 

Os diferentes problemas que podem afetar os pés nos pacientes diabéticos muitas vezes se apresentam inicialmente como sinais ocultos, o que dificulta o diagnóstico imediato, mas é fundamental que o paciente procure ajuda e atendimento médico especializado sempre e realize vigilância constante, a fim de detectar precocemente situações potencialmente graves. 

 

O diagnóstico precoce das complicações é essencial para obter sucesso no tratamento!

Conte com nosso corpo clínico altamente especializado e capacitado em todas as situações.

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Nota ao leitor: As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

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